A coloração do cabelo com químicos permite mudanças radicais de cor, mas estas em geral maltratam o cabelo.
No modo tradicional, a coloração é um procedimento químico que consiste em depositar pigmento de cor na fibra capilar, alterando a cor do cabelo. Existem dois tipos de produtos mais usados na coloração: o tonalizante e a tinta. A tinta, ou coloração permanente, é um produto que contém amónia ou outros químicos e, por isso, é capaz de abrir as cutículas capilares, alterando a estrutura do fio, e fazendo com que uma nova cor seja por ele absorvida. O tonalizante em geral não tem amónia e funciona como um tipo de capa fixando-se apenas na parte superficial do fio; a sua função é apenas intensificar o tom ou dar brilho.
A descoloração é a remoção do pigmento do cabelo. Para esse processo são necessários dois produtos que têm funções bem específicas: o peróxido de hidrogénio (H2O2) e o pó descolorante. Trata-se de um processo muito intrusivo, já que o H2O2 abre a cutícula dos fios para que o descolorante penetre, removendo a cor natural. Quanto mais elevado for o grau da água oxigenada, mas se abrirão as cutículas do cabelo e mais descolorido será o cabelo. Quanto mais tempo se deixe o H2O2 actuar, mais claro o cabelo vai ficar. Em geral usa-se peróxido de hidrogénio a 20º, amoníacos ou outros químicos substitutos. Em geral, se uma pessoa pretender uma coloração muito clara pode repetir o processo várias vezes com peróxido de hidrogénio a 10º. Alternativamente as pessoas optam por peroxido de maior concentração. No entanto, um peróxido de hidrogénio com elevado grau pode queimar o cabelo, sendo que a repetição com um produto de menor grau também vai enfraquecendo o cabelo.
Coloração vegetal
As tintas vegetais, deixam um resultado natural, respeitam a pele sensível e cuidam do cabelo. No entanto não permitem mudanças radicais, por exemplo não permitem aclarem o cabelo para um louro platina porque não contêm agentes descolorantes, nem cobrem por completo cabelo branco. As tintas naturais são perfeitas para quem procura luminosidade ou pretende um resultado natural. Os tons de castanhos, caramelo, mel, dourado e conhac são os mais fáceis de obter.
Para o uso das tintas naturais é importante a perceção de que matizar é diferente de pintar. Mas, porque não seguir esta via mais benéfica ao cabelo ?
Pessoas famosas, mulheres e homens, têm-se deixado encantar por madeixas, com matizes louros, castanhos ou caju. Quanto às brancas, embora não as tapem, dão-lhes um toque luminoso policromático que vai do cobre ao dourado muito discreto e elegante.
Nas tintas vegetais a mistura é feita com água morna ou quente e a sua fórmula é composta por diferentes raízes, plantas e/ou óleos orgânicos. As tintas provêm de pigmentos naturais procedente de flores e plantas. As espécies de plantas usadas por salões de cabeleireiro são diversas como por exemplo café, chá preto, curcuma, índigo, ou henna consoante a cor pretendida. Esta combinação com a água cria uma espécie de pasta arenosa semelhante à lama, cabelo que durante anos mutos foram conhecidos como argilas. O cataplasma resultante aplica-se sobre o cabelo seco deixa-se atuar de uma a duas horas.
A tinta vegetal não abre a cutícula do cabelo, mas é o próprio cabelo que absorve a cor. Funciona como uma maquilhagem resistente ao champô. Também funciona como esfoliante (argila), já que o seu poder adstringente limpa e purifica o couro cabeludo, melhorando a oxigenação e o metabolismo celular. “Eles também são ideais para tratar couro cabeludo com problemas de dermatite, desidratado ou com episódios de descamação.”
As tintas naturais são também as mais indicadas para mulheres grávidas pois não contêm parabenos, nem silicone, nem ingredientes prejudiciais a mulheres nesse estado.
É importante ter em conta que não existe uma palete de cores típica para as tintas vegetais. É possível ver uma referência, para fazer uma ideia, mas o resultado final não é uma ciência exata. Qualquer que seja o resultado, o mesmo ver-se-á sempre como natural.
Como qualquer técnica de coloração é imprescindível manter o cuidado em casa. Há que usar produtos que protejam a cor como los champôs ou mascaras com pigmentos. Por exemplo, os champôs violeta matizam o cabelo louro com tendência a amarelar, as máscaras azuis ou os naturalizadores de matizes avermelhados. Além disso, deve-se manter o cabelo hidratado e evitar o abuso com esticadores de cabelo, secadores e outros equipamentos que funcionam com calor. Não há mercado diferentes tipos de produtos.